Na época em que eu estava mais empolgado em ir para o Japão, estudando japonês todo dia. Eu ficava assistindo bastante estes canais no Youtube de brasileiros no Japão, mostrando suas vidas, andando sobre Tóquio, conversando em IRL (lives andando sobre a cidade). Um dia, um destes Youtubers que é natural de São Paulo, resolveu fazer um encontro com os seus inscritos na cidade, o canal estava entre 10k a 15k subscritos.
Fiquei interessado em ir só pra saber o que seria lá. Cheguei no prédio com a sala alugada tipo "Regus" de escritórios virtuais, e percebi que não seria um encontro normal para falar sobre o canal, mas sim uma reunião de motivação "tipo Hinode" patrocinado pela escola de intercâmbios para o Japão, tentando vender passagens e planos para os tais inscritos. Pra mim, tudo estava ok, pois pelo ao menos iria ter as informações sobre o Japão, conversaria com as outras 20-25 pessoas e depois iriamos ao restaurante para conversar ainda mais.
Depois de todo o discurso de vendas, fomos todos ao Sukiya, restaurante japonês com filiais em São Paulo também, lá conheci melhor alguns que tinham vontade de ir para o Japão, outros tentando voltar ao Japão e alguns que saíram do Japão de vez e só foram para apoiar o Youtuber pois se tornaram amigos.
Sentei-me para comer com este que tinha ido ao Japão pelo intercambio, mas voltou por saudade da família, vamos o chamar de Augusto. Ele falava japonês nível N1, o que é super-fluente e difícil, ele era um rapaz muito amigável e gentil. Claramente sofria muito com espinhas a ponto de usar aqueles sabonetes/produtos que deixa a cara toda parecendo que está com muita areia na cara. Ele falou como o Japão era, a saudade da família, a dificuldade de arrumar emprego no Japão remotamente devido a cultura errônea do país de achar que trabalho a distância é ruim. Me elucidou como a banda brasileira ANGRA é incrivelmente famosa no país além de outras bandas brasileiras de metal. Ele é designer gráfico e meio que deixou a entender que todo o esforço dele em chegar ao N1 foi em vão, devido a não ter muita serventia fora do Japão (o que foi um super estalo na minha cabeça).
Ali entendi que não queria mais ser fluente em Japonês, não pela dificuldade, mas devido que só é benéfico falar japonês se você for morar no Japão, trabalhar em empresas de cultura japonesa (que são horríveis) e só. Caso não queira tudo isso, todo o seu esforço de + de 8-10 anos para ser fluente será em vão, vai servir pra pouquíssima coisa. Trabalhos de tradução não possuem uma incrível demanda para te manter por razões profissionais.
Além dele que teve que ir embora um pouco depois para outros compromissos, conversei com um rapaz com baixa autoestima e percebi como a Gen Z ou Alpha tem muitos adolescentes que estão entrando em idade adulta, mas não possuem quase nenhuma habilidade social, não se desenvolveram o suficiente para serem funcionais na sociedade. Fiquei triste pela geração, mas feliz por mim por ser um Milennial/Gen Z que é muito independente (dentro do possível) e corre atrás do que quer. Aprendi por duras penas na vida como este blog conta várias histórias, mas estas histórias me desenvolveram como homem e pessoa. Talvez seja isso, estes jovens tiveram pouca fricção em suas vidas, vivendo em PCs, Jogos, Animes e Midia Social, criando pouquíssima resiliência para desafios que chegam. Meus primos são reflexos disso, e aqueles que possuem um pouco de "malemolência" social, é só por causa de mulher, porque para outras coisas, possuem muita dificuldade. O rapaz por sinal também foi embora.
Junto destes rapazes, encontrei um homem simpático (nos seus 40-50 anos), descendente de árabes, que é casado com uma nipo-brasileira, funcionária da empresa de intercambio que foi ao restaurante também. Conversamos um pouco sobre a cultura japonesa, sua descendência árabe e histórias de guerra de seus parentes antepassados. O problema que a esposa dele é claramente bem... bem... vagaba, não sei o que aconteceu com as nipo-brasileiras, mas todas elas possuem um ódio tão grande assim dessa associação que orientais são submissas? pois a maioria que encontro (vide outras experiencias no blog), todas são muito vulgares, hiperssexualizadas, extremamente libertinas, promiscuas, numa cruzada de se mostrarem totalmente diferentes as famosas gueixas e ao inconsciente cultural sobre asiáticas.
A esposa do arabe era bonita, tinha uma cara muito de gueixa, mas bem gordinha. Na apresentação tipo "hinode", essa mulher ficava toda hora me encarando, tudo isso com o marido na mesma sala, deixando um clima horroroso toda vez que nós 3 estávamos juntos. Uma pena, pois ele parecia ser uma pessoa boa, honesta, mas que é um gado apaixonado e deve fazer todos os desejos, e por isso ele pode ser perigoso, pois é o que o Jordan Peterson fala:
"Acha homens fortes perigosos? Os mais perigosos são os homens fracos"
Depois do bate-papo legal no Sukiya, o grupo de amigos do youtuber + alguns inscritos/clientes, resolveram estender para um karaokê, e eu aceitei porque queria entretenimento continuasse.
Então conheci uma menina linda, 15 aninhos, carinha de Selena Gomez, ela na reunião, deu o seu comentário e disse que já tinha ido uma vez, mas queria voltar para ficar estudando. Provavelmente quer ir pra cavalgar no carrossel até se acabar, mas ela parecia alguém que era bem caseira, no caso ela levou a sua mãe que parecia aquelas loiras bonitas quando jovem, mas bateu no muro com 40 anos e parece mais velha do que é (os lábios de siri não ajudam muito), possivelmente divorciada.
Nós trocamos alguns olhares na entrada do prédio, mas eu ignorei porque não queria dar a entender que estava vendido e por isso ela me ignorou depois de um tempo também, tivemos a reunião, fomos ao Sukiya e até aí tudo normal.
Mas o Youtuber disse que iriamos a um karaokê, então se separou as 10 pessoas que queriam estender e começou os arranjos de carona para chegar lá, eu poderia ter pedido um Uber, mas aceitei a iniciativa de irmos todos juntos. O árabe gado amoroso, vendo que quase caio no mesmo carro deles, sugestiona para que eu fosse com a Selena e sua mãe, o que eu disse tudo bem com uma pseudo-séria-cara-fechada, o que a sua mãe e ela já demonstraram uma certa insatisfação em me receber, ficaram com cara de "lá vem este chato arrogante", mas mesmo assim aceitaram a sugestão educadamente de me dar a carona. Não sou arrogante, só estava na defensiva.
No caminho do estacionamento do carro, fomos andando, o clima era de silencio nos primeiros 10 segundos, e então disse "Então você fala Japonês, que legal, meu Japonês é bem ruim". Depois que disse isso, seu rosto se iluminou e ela abriu um sorriso bonito e sua mãe ficou bem mais receptiva também.
Conversamos bastante, ela falou dos seus planos para o Japão, falou quando foi para a Disney nos EUA, falou dos seus estudos sobre o Japão e morar lá sozinha, falei sobre a minha busca de estudar nos EUA para MBA, tivemos uma conversa legal. No caso eu conversando com a mãe dela, pode ser devido a flertar um pouco, pareceu que estava flertando com a sua mãe, ela ficou um pouco quieta, mas depois continuamos conversando bem. Passamos pelo centro de SP e pudemos conversar sobre a arquitetura e foi demais.
Chegamos ao Karaokê no bom retiro, karaokê coreano por sinal, lá estavam alguns clientes da empresa de excursão, arabe e sua esposa, o youtuber, amigos do youtuber, mãe e Selena e eu. Lá começamos a cantar, e pra quebrar o gelo ativei o modo "locão", cantando "Chandelier" da Sia logo de cara com o amigo do Youtuber, Bruno, que por sinal fazia questão de mostrar que eu não era bem vindo. Não sei porque, pode ser porque estava mais ou menos mal vestido com cabelo bagunçado por conta da tarde chuvosa e estar de calça de moletom casual demais (eu odeio esta calça). Poderia ser racismo? poderia pois era o único negro. Poderia ser porque ele queria ativar o modo "locão" primeiro? poderia, pois ele sempre fazia muitas piadas e queria ser a "alma da festa", algo que não queria ser, mas acidentalmente tomei o lugar dele.
Bruno parecia muito com aquele youtuber "Gabrielmda_", mas era só um rapaz normal de classe média sustentado pelos pais, tentando arrumar uma grana para sair com os amigos e comprar roupas da moda. No caso ele estava também de viagem marcada assim como a Selena para fazer o intercambio no Japão. Ele não era uma pessoa bondosa, falava mal de tudo e todos por trás junto dos seus amigos (Youtuber included).
Junto do Bruno, tinham outros dois amigos do Youtuber, que podemos chamar de Bancario e uma moça que podemos chamar de Juggernaut.
Bancario é gay e é amigo do Youtuber que também é gay, ele é bem baixinho para um homem (1.60m), 25-30 anos de idade, mas claramente é de classe média-alta, parece aqueles pitboy carioca dos anos 90, braço forte de ginasta, mas que claramente não é natural (no suco), adotou um visual hiphop-NBA junto de harmonização facial e pigmentação vermelha-rosa na boca, cabelo tingido de loiro com topetinho. Era gerente do banco famoso laranja e ganhava os seus 15k mensal. Dirigia uma mini SUV Renault Stepway, lembro eu.
Já Juggernaut é a exemplificação da Lei de Juggernaut tratada na Redpill, com maquiagem carregadíssima, muito gordinha, mas usando roupas curtíssimas e minúsculas, só fazia piadas de tom sexual no karaokê, não se importando com o mal-estar que provocava como por exemplo comparar Soju a gosto de esperma masculino. Rodada até o talo, parecendo uma metriz de rodoviaria.
"Diga com quem andas que direi quem tu es". Bom pensando nisso na hora, vi que o Youtuber não era a melhor pessoa para se andar.
Todos nós cantamos na sala, passei vergonha algumas vezes. O Bancario parecia o mais gentil do grupinho do Youtuber, mas era muito quieto. Parecia um pouco que:
*Árabe estava desconcertado de a esposa estar próxima a mim no sofá
*Elogiei Selena depois de cantar, ela nem sequer esboçou reação e me ignorou, e como odeio joguinhos, deixei pra lá também, a ignorando de volta.
*Selena parece flertar comigo, mas depois que Bruno (bem mais bonitão) dá asas, eles ficam sentados no sofá do karaokê juntos a maior parte do tempo, falando baixo (quase sussurrando), se a mãe dela não tivesse lá, ele com certeza tinha a beijado. Por isso, voltei a ignorá-la e ficar na defensiva. Parece que a mãe da Selena quis chamar a minha atenção sutilmente algumas vezes. Mulher mais velha quer se sentir jovem e desejada.
*Bruno e Cia pedem Soju, eu nao tomei porque poderiam me pressionar a pagar R$50 numa jarra, mas depois que me ofereceram, eu tomei. É como um suquinho de alcool, nem parece uma bebida alcoolica, você precisaria tomar jarros e jarros para se embebedar (o que não foi a minha intenção pois tomei 2 copinhos).
*Nas vezes que saí ao banheiro, levei a Heineken que estava tomando pois não confiava deixar a minha bebida lá na sala.
Fica mais tarde e 90% decide ir embora, me despeço de arabe, clientes e funcionários do intercambio, quando Selena vai embora, ela dá um abraço apertado no Bruno e conversam algo no ouvido. Então Selena se aproxima quase para emular um abraço, querendo um final de triangulo amoroso de novela mexicana para o seu ego e jogatina, só que eu só fico com o braço esticado para um aperto de mão cordial e polido, ela claramente não sabe onde coloca a cara. A sua mãe percebe a minha indiferença, por isso ensaia uma conversa comigo, mas contínuo educado, polido, cordial, mas ainda distante e então vão embora.
Mães e filhas gostam e incentivam os jogos com meninos, e isso ficou claro na ocasião, elas querem histórias para contar tanto quanto homens. Eu percebi e não quis jogar, e essa atitude parece ofensiva a elas.
Resumindo, sobrou Eu, Juggernaut, Youtuber, Bancario, Bruno e um Cliente do intercambio que era doido, pois tomava mais de 10 cervejas e abertamente dizia que iria embora de moto, a conduzindo.
Bruno, já um pouco mais alcoolizado ficou um pouco mais aberto. Bancario explicou a sua boa vida. Juggernaut continuava falando sobre a unica coisa que sabia: Sexo. Youtuber começou a participar das conversas de patifaria também.
Bancario sugestionou ir para a Blitz, os outros não conheciam, mas eu já conhecia, era 20hrs da noite, ou seja, muito cedo para ir para lá, mesmo que num sábado a noite. Disse que queria ir, mas eu e Juggernaut dissemos para nos deixar no metrô. Me despedi do Bruno e Youtuber a qual tinha sentimentos mais ou menos sobre mim também, pois estava muito calado o tempo todo enquanto falavam de funk e patifaria.
Cheguei no metrô, conversando e tentando ser amigável a Juggernaut, mas a mesma, me achava muito feio e a minha companhia desprezível, por isso, sorri, acenei e me despedi o mais rápido possível. Não tive em nenhum momento interesse nela, mas ela comprovou que a régua feminina é hipergamica mesmo em notas 1,2 ou 3.
Foi um dia legal, de ensinamentos onde entendi que não quero gastar meu tempo com a lingua japonesa, mas quero visitar o país e entendi que é necessario ler pessoas e ambientes antes de tomar decisões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário