segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Sniper Americano ou Nazi-Propaganda


O foi a primeira coisa que pensei depois de ver a nomeação para o oscar do "American Sniper" de Clint,lembrei do Seth Rogan e o featurrette de "Orgulho da Nação" em bastardos inglorios
Muito boa a materia do Jornalista Flavio moura no Yahoo
ele enche o Clint de elogios e pessoas que nem leram a materia acham na competencia de comenta-las
Numa guerra o trabalho de um sniper é crucial,mas nao pode ser glorificado,se não vira o "o orgulho da Nação"
eu conseguia diferenciar americanos de nazistas no passado,mas depois do massacre de My Lai no Vietnã,nao da mais,nao existe bem ou mal.
"precisa ter crueldade para ganhar uma guerra" A Hitler
é assim que começa a lavagem cerebral, "é so um filme de ação" nada a mais.
"A guerra so é contada pelos vencedores" Adolf Hitler
boa citacao a homeland,os americanos com origem islamica,andam com seus bons carros,joias e cantando rap,mas quando vao,para o oriente medio,abrem mao de tudo que o capitalismo pode oferecer,isso é no minimo intrigante.
a primeira coisa que lembrei foi este filme nazi dentro de bastardos inglorios,matou quantos judeus e comunistas ? deixou o "tio wolf feliz".
A academia é composta por velhos,brancos,retrogrados com espingardas na mao e sao republicanos,claramente este filme é uma propaganda militar.
Caso queria ver a original

'Sniper Americano' mostra que Clint Eastwood ficou gagá

Bradley Cooper em Sniper Americano (AP Foto/Warner Bros. Pictures)Bradley Cooper em Sniper Americano (AP Foto/Warner Bros. Pictures)
Se fosse irônico, Sniper americano seria um ótimo filme. Estão ali todos os lugares comuns possíveis de imaginar num filme de guerra.
O americano médio indignado com o 11 de setembro que se alista para defender a pátria? Está lá. A mulher linda e grávida que fica nos EUA preocupada com o marido no Iraque? Também. A camaradagem entre os soldados no campo de batalha? Checado.
O melhor amigo do protagonista ferido em combate? Sim, está lá. A crise de consciência ao voltar para os EUA enquanto os colegas continuam no campo? Opa, claro. Os distúrbios psicológicos decorrentes da violência? Sim, sim. O orgulho de ostentar centenas de mortes no currículo? Naturalmente. O retrato do inimigo como um vilão de almanaque? Exato.
O feixe de clichês era tão espetacular, que comecei achando o filme brilhante. Era claro que por trás havia uma intenção crítica. A proposta parecia a de manipular todo o entulho ideológico dos filmes de guerra americanos de segunda classe para intensificar a crítica às representações toscas do conflito, incapazes de ver nuances ou complexidade na guerra. Só que não era isso.
À medida que o filme avançava, ia ficando claro que não havia ironia. Era pra levar a atuação de Bradley Cooper, com aquela expressividade estilo galã de Malhação, a sério. Era pra torcer pelo herói e se identificar com ele. Era pra ficar compungido com a crise do casal. Era pra odiar os árabes.
Dei azar de assistir numa daquelas salas Imax, com tela gigantesca e curva, do chão até o teto, e som que faz tremer as cadeiras, o que dificultou sobremaneira a tolerância às cenas de batalha. O desfecho, com trechos documentais do cortejo fúnebre do atirador que inspirou a história, morto em 2013 por um colega veterano, encerra o martírio em chave particularmente constrangedora.   
Em meio à polêmica que Sniper americano suscitou nos Estados Unidos (felizmente, diga-se), alguém lembrou de Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino, em que ateiam fogo a um cinema em que Hitler está presente. O ditador celebrava na ocasião um filme chamado Orgulho de uma nação, história de um atirador nazista que matou 300 soldados aliados durante a Segunda Guerra. A cada tiro, Hitler soltava uma gargalhada.
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A piada serviria perfeitamente para o filme de Eastwood – claro, se ali houvesse algum senso de humor.
A presença dos EUA no Oriente Médio, pós-11 de setembro, já foi alvo de incontáveis filmes e séries de tevê. Sniper americano tem semelhança com vários deles – mas sempre perde na comparação.
Em Guerra ao terror, que levou o Oscar em 2010, Kathryn Bigelow tratava do mesmo assunto e de forma dez vezes mais interessante. A linguagem documental dá força para a abordagem. A crise do soldado ao voltar para a família é convincente. O silêncio existe e é valorizado, assim como o inimigo é algo mais que um fantoche a ser exterminado.
Na série Homeland, também estamos em terreno mais interessante. O americano que volta transtornado do Afeganistão tem densidade psicológica – e o fato de voltar convertido ao Islã é um aceno importante para a complexidade do conflito. A protagonista americana, a detetive da CIA vivida por Claire Danes, enxerga a guerra pela ótica dos Estados Unidos, naturalmente, mas consegue dar nuances a um problema que Eastwood enxerga em branco e preto.
Clint é um artista admirável. Como ator e diretor, responde por um conjunto notável de filmes. É um republicano inteligente que nunca escondeu o conservadorismo político mas nem por isso deixou de ser digno do sucesso que obteve a vida inteira.
Fico na torcida para que esse filme primário e truculento – que naturalmente está explodindo nas bilheterias dos Estados Unidos — não seja seu último trabalho. 
Seus admiradores merecem um testamento à altura de sua importância.

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