Minha mãe colocou no canal da tv justiça na tv a cabo,ja iria torcer o nariz,mas estava passando um documentario que meu tocou bastante,me fez ter novas reflexões da vida,parece que essa droga de refletir nunca acaba,quando voce passa por muitas experiencias,soma,subtrai e multiplica,tira um denominador comum e entao a vida te da uma rasteira,como se tudo não valesse nada,foi o que eu consegui absorver do documentario,a narrativa conta varios donos de fazendas de cacau que tiveram seu apogeu,desfilaram com seu dinheiro e influencia imediata,mas com pragas totalmente desconhecidas na epoca,faliram e "VIVOS E A CORES" contaram as suas historias,todos velhos e debilitados pelo choque de perder tudo,alguns conseguiram um pouco de dinheiro para nao estar inteiramente na miseria outros como o caso de Paulo Jorge (que foi o que mais me tocou) saiu de suas mordomias e arrogancia para uma casa de madeira bem ao estilo indigena no tamanho de uma cozinha pequena,eles denominadamente Barões do cacau que no seu olimpo tinham 200 a 300 funcionarios,hoje se reduziram a pó ou trabalham com ate 10 funcionarios subsidiados por varias parcerias,muitos deixaram carreiras teoricamente menos estáveis como artes plasticas,dramaturgia entre outras para certeza financeira porque naquela época plantar cacau era tao seguro quanto aplicar na poupança (renda fixa) como hoje,sem riscos,e então o destino os driblou e embaralhou a mente daquelas pessoas do sul da bahia,o que é seguro ? o que é ser sério ? conseguimos controlar o nosso destino o moldando para um caminho teoricamente certo ? se eles se fizeram estas perguntas como eu,não sei mas isto iluminou a minha mente que ja estava numa rua sem saida,assim que terminei de assistir o documentario me senti na obrigação para nao cair no esquecimento,num documentario que me deu tanto,mesmo eu nao esperando nada o canal e do documentario e ja mentalmente formando pré-conceitos.
Para acrescentar,em buscas no google,descobri que Paulo Jorge havia falecido junto com o Sr. Rafael Pépe que na epoca tinha 96 anos.
Trecho do documentario
trailer do documentario
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