sábado, 8 de agosto de 2015

Garoto de 18 anos recusa emprego no Google para fundar sua própria empresa

Garoto de 18 anos recusa emprego no Google para fundar sua própria empresa

Fonte PEGN

Você recusaria um emprego no Google? E no Twitter? O jovem João Pedro Motta, 18, não aceitou convites para ser programador nessas grandes empresas e decidiu se tornar empreendedor. Ele é atualmente dono e criador da startup Plaay – um serviço de streaming de música que conta com mais de 100 mil usuários.
Apesar de ter pouca idade, Motta tem muitas histórias no mundo da internet. O garoto aprendeu sozinho a programar quando tinha 12 anos de idade e ainda morava na cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais. “Eu ouvia pessoas falando de programação em comunidades do Orkut (antiga rede social do Google) e achava incrível como elas conseguiam resolver os problemas relacionados com computadores”, afirma.
Diferente do que se pode imaginar, o empreendedor não era um especialista em matemática, e preferia as letras aos números. Mesmo assim, ele não desistiu até alcançar níveis avançados em programação. Com sua experiência, acabou descobrindo diversos bugs presentes no Orkut, ficando famoso na internet e em comunidades de tecnologia.
Depois disso, resolveu empreender. Seu primeiro negócio foi o site Web Dicas, onde tirava dúvidas de programação e mostrava para os leitores as suas criações e descobertas. O site alcançou tanta relevância perante o público de tecnologia que se tornou parceiro de grandes portais da internet. Havia um detalhe: as pessoas não sabiam a idade de Motta. Ele tinha medo de perder a credibilidade ao revelar que ainda era um adolescente.
Aos 14 anos, Motta descobriu um erro no sistema do microblog Twitter. A proeza fez com que ele fosse convidado para uma vaga de emprego na empresa. Depois do convite, que foi recusado, ficou impossível manter a idade e o anonimato em segredo e o garoto, enfim, revelou sua identidade.
Programando uma carreira de sucesso
Em 2012, quando tinha 16 anos, Motta recebeu proposta para fazer um trabalho como freelancer em São Paulo. Aceitou e decidiu não sair mais da capital.
Nesse tempo, surgiram diversos outros convites de emprego. Dentre as empresas interessadas no trabalho de Motta estava o Google. Todos os convites foram recusados pelo mesmo motivo: “Eu nunca quis fazer as coisas para os outros. Eu gosto de criar soluções para as pessoas e colocar minhas ideias em prática”.
No mesmo ano, em parceria com o amigo Anderson Ferminiano, Motta criou o Plaay. Há quase um ano o aplicativo de streaming de música ocupa vaga cativa na lista dos mais baixados da categoria “música” na Apple Store.
Para se diferenciar de concorrentes como o Spotify, o Plaay tem como foco o público das classes C e D. O empreendedor viu a oportunidade quando percebeu que a maioria dos serviços de streaming vinha de fora do Brasil, e não se adaptava à realidade do país: “Eu quis criar um site fácil de usar e gratuito. Meu objetivo é atingir mais de 20 milhões de pessoas no Brasil. Quero que até nossas mães se sintam confortáveis em usar o Plaay”.
A startup possui uma bancada de investidores, tendo a Pepsi entre eles. Hoje, Motta tem planos de estudar fora do país e continuar a carreira de empreendedor: “No futuro, se alguma dessas empresas me convidar novamente, pode ser que eu cogite em aceitar o trabalho. Mas por enquanto eu quero continuar criando meus próprios negócios. Essa liberdade compensa mais do que qualquer salário”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário