sábado, 1 de agosto de 2015

Sindrome de batman

Síndrome de Batman

esqueça o heroi,esqueça o dinheiro,esqueça Batman o que sempre me fascinou sobre as questões interiores de Bruce Wayne que ele sempre carregou.
nunca fui da do Batman,depois de saber isso vi o personagem como um espelho,refletindo.
segue matéria que achei sobre Bruce e seus transtornos.

Divã do Provollone - O Batman é um Psicopata tanto quanto o Coringa?


Toninho, o Estagiário
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Mais um novo quadro do Provollonecast, e acreditem, escrito pelo Léo de forma séria e increvelmente competente para analisar um dos personagens mais complexos que existe: Bruce Wayne.





Será que Bruce é tão louco quanto o Coringa? Ele teria algum tipo de transtorno?
São perguntas que todos os fãs de quadrinhos acabam fazendo uma hora ou outra da sua vida, e que de certa forma fazem sentido, se formos analisar o histórico do Batman.
Primeiro é preciso levar em consideração que o Bruce Wayne (alter ego do Batman) sofreu um trauma severo na infância: ele estava presente quando um bandido assassinou seus pais a sangue frio na saída do cinema.





Os traumas que acontecem na infância geralmente são os piores e o indivíduo pode carregá-los durante toda a sua vida adulta. Algumas pessoas, por exemplo, podem desenvolver medos de objetos, lugares ou pessoas, pelo simples fato de ter passado por uma experiência ruim na infância. A falta da figura paterna e materna também tem forte impacto na vida do Batman. Ele passa a ser criado pelo mordomo Alfred, e desenvolve uma obsessão por ajudar as pessoas.


É preciso lembrar sempre que ao contrário do Coringa, o Batman não mata. O Coringa tem uma personalidade um pouco mais diferente, seu quadro se encaixaria dentro de um transtorno da personalidade (vamos falar dele em outro texto!). Entretanto já que os dois passaram por traumas parecidos ( o Batman perdeu os pais e o Coringa perdeu a mulher) possuem uma obsessão por um determinado tema ( o Batman pelo tema de morcego, e o Coringa pelo tema de palhaços) porque o Batman não virou um assassino assim como o seu arqui - inimigo?


É sempre bom lembrar que cada pessoa tem um tipo de reação a um determinado evento. Por mais que uma situação seja igual para dois indivíduos, eles podem se comportar de forma diferente, porque cada um tem a sua experiência de vida, e isso vai influenciar no modo como vai agir em determinada situação. Foi mais ou menos isso que tentou demonstrar o Alan Moore no aclamado quadrinho “A piada Mortal”, onde o Coringa tenta mostrar que uma pessoa pode ficar “maluca” igual ele, apenas tendo um dia ruim. Tenta levar o Comissário Gordon ao seu limite, mas no final, mesmo passando por tudo isso, ele não vira um “Coringa”.  





Qual seria a análise psicológica do Batman então? Para a Psiquiatria, o Batman teria um dos transtornos globais do desenvolvimento. Segundo o DSM - IV, que é o manual de diagnósticos usado pela maioria dos profissionais, os transtornos do desenvolvimento são classificados como: “prejuízo severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento: habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação, ou presença de comportamento, interesses e atividades estereotipados”. É o que geralmente podemos observar quando Bruce Wayne está usando o disfarce de Batman. Para exemplificar melhor, dentro dos transtornos globais do desenvolvimento existem diversos subgêneros de transtornos e o Batman certamente se encaixaria dentro da Síndrome de Asperger.


Essa síndrome é caracterizada pelo desenvolvimento cognitivo e intelectual normal. O Batman realmente não apresenta nenhum problema cognitivo, já que consegue resolver casos, criar armas não-letais, é experiente em diversas lutas e tem outros treinamentos. No caso dessa síndrome, o desenvolvimento da criança é normal, mas no decorrer dos anos seu discurso torna-se diferente, monótono, peculiar e há, com freqüência, a presença de preocupações obsessivas. Podemos perceber que o Batman mantém sempre o seu discurso de que faz tudo para proteger a cidade, como se fosse uma preocupação repetitiva. A sua obsessão pode ser observada claramente com a escolha do morcego. Tudo que envolve o nosso herói tem a representação física ou uma associação com a figura do morcego.


Outra característica interessante dessa síndrome é que a capacidade do indivíduo de interagir com outras pessoas torna-se difícil, pois é pouco empático, apresenta comportamento excêntrico e possui grande dificuldade de socialização, o que tende a torná-lo solitário. Mesmo com o comissário Gordon (que é um dos seus parceiros no combate ao crime) e seu mordomo Alfred, o Batman procura manter a maior distância possível: evita conversas longas, discutindo apenas o necessário, e não demonstra empatia. Apesar de criar um disfarce de um milionário excêntrico, que se relaciona bem com as pessoas e quer apenas curtir a vida, percebemos que ele não passa de uma pessoa solitária, que não consegue interagir durante longos períodos e que vive em um vazio existencial constante.

              Outro fator importante é que esses indivíduos frequentemente apresentam interesses peculiares e podem passar horas assistindo ao canal da previsão do tempo na televisão ou estudando exaustivamente sobre temas ou assuntos preferidos. O Batman já ficou dias sem dormir para resolver um caso. Ele possui essa capacidade de ser extremamente focado e estudar bem o seu inimigo caso seja preciso. Se um caso passa a ser difícil de resolver ou se torna interessante, ele se fecha mais ainda no seu mundo particular e não descansa enquanto não chega a uma solução.

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